Sobre mim
Formado em psicologia pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Atua como psicólogo clínico através da psicanálise lacaniana, trabalhando com atendimentos individuais para o público adulto na modalidade on-line (Brasil) e presencial (Salvador-BA). É membro do Oré Coletivo Solidário, coletivo de saúde mental voltado a pensar as condições de trabalho do psicólogo a partir do modelo da Economia Solidária (ECOSOL). É pesquisador no CERCOS (Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Cercamento, Controles e Mercados), atualmente interessado no tema da produção de luto em contextos emergênciais.
Uma visão geral da psicanálise lacaniana
A psicanálise é um campo de investigação que estuda os efeitos do inconsciente nos processos psíquicos e suas reverberações na vida cotidiana. Essa abordagem busca resgatar tais processos a partir da experiência singular de cada sujeito com sua história pessoal e como esta se manifesta em seus atos. Ela trabalha com elementos que frequentemente escapam à nossa percepção imediata, mas que fundamentam o mal-estar que experimentamos. Esse desconforto surge a partir de múltiplas fontes entrelaçadas: dos conflitos que nos antecedem e que continuamos a elaborar através das relações com os outros e de nossas vivências compartilhadas; dos valores e condicionamentos assimilados no seio da comunidade que nos acolheu e nos deseja; e, por fim, das tensões geradas pelo choque entre nossas subjetividades e as expectativas impostas pelo tecido social.
Sobre quais processos a psicanálise lacaniana atuaria?
O campo de intervenção da psicanálise lacaniana se dá no campo dos processos de sofrimento psíquico. O que normalmente reconhecemos sob os nomes de depressão, luto, ansiedade, distúrbios, compulsão, fobias etc. são, em nós, o resultado das dinâmicas de relações nas quais estamos implicados – relações que formam uma trama complexa de sentidos que assumimos e que dão a tônica aos nossos sintomas. A psicanálise lacaniana, portanto, se apresenta como uma alternativa que buscaria possibilitar a transformação do sofrimento psíquico por meio da fala e da interpretação dos processos subjacentes ao relato do paciente, facilitando a construção de novas questões. Essas, por sua vez, podem possibilitar a reformulação dos modos pelos quais nos reconhecemos, nossa história e nossos outros. Todo o processo garante o sigilo e o cuidado como pilares fundamentais do acompanhamento.
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